quinta-feira, 16 de abril de 2009

A fenix


Todos estamos morrendo!

No Japão, isso se chama Bushido. O intendendimento de que somos efêmeros. De que nossas ações, palavras e vidas, com certeza vão esvaírem-se em algum momento. Acredita-se que quando se compreende realmente, o sentido desde termo, as pessoas mudam. Mudam, e começam a encarar todos os momentos que vivem, como últimos momentos. E passam a vive-los de forma mais intensa, bondosa e honesta possíveis. Assim, todas as pequenas coisas assumem uma grandeza e importância muito maior. Divina. Desta forma, um simples soprar de vento, bater de asas de uma borboleta, tornam-se tão importantes quanto o nosso respirar.

Isto é um fato que inevitavelmente temos que superar. De alguma forma sempre estamos nos renovando. Sentimentos, vivências, pessoas, objetos e etc... Todos estes ciclos ligados e interligados tem sempre seus respectivos começos meios e fins. Em outras partes do mundo isso é chamado "Roda da Vida".

A fênix, uma ave mitológica, representa o novo começo, representa o novo, de novo. Perseverança, vontade e garra. Mais também representa que todos estamos sujeitos a mudanças. Sujeitos a transformações. Que de alguma forma estamos morrendo. A fênix representa que todos temos a chance de sairmos do ciclo de nascimento e morte de seres inertes, ou pior, regredidos. Evoluindo, ou re-evoluindo.

Revivendo. Na lenda está ave, se sacrifica quando esta fraca, queimando-se nos restos de suas próprias energias vitais, para depois renascer de suas cinzas. Com as forças e energias renovadas.

Assim, somos todos nós. Que renascemos sempre. Mesmo quando nossas energias, vitais estão exauridas.

Esta tela é dedicada a todos os humanos que são fênix todos os dias do mundo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

SUPERFLUOS E SUPORTES.


Muitas vezes em nossas vidas absorvemos coisas do nosso meio. Mas nem sempre. As vezes absorvemos de nós mesmos.


As ideias mais magnificas e mirabolantes nos chegam como um prémio. Um brinde. Mas, tudo em nossa humilde existência, depende da nossa compreensão. Da forma como absorvemos novos fatos e informações. Cercado em meio a este turbilão de informações e sentimentos, fica o eu. Este, que quando analisado e ouvido com cuidado, nos revela sempre a verdade "cósmica". A verdade que muitas vezes despresamos, ignoramos ou à vemos como superflua.


O equilibrio. Se pensarmos na natureza, observaremos o equilibrio em todos os lugares. Assim, da mesma forma que alguns encontram verdades e pensamentos superfluos, outros em outrora estudam a vida, analisam-a e com ela constroem conceitos e ideias, que as tornam pessoas muito melhores.


Em outros tempos, desprezei os suportes. Focado na obra, apenas passava por eles com meus trabalhos, usando-os, sem ter uma relação de verdade com a superfície que me servia como mãe. Pois dela nasciam minhas obras.


Mas, encontrei em uma miração o conceito de vida e obra. De obra viva, e as relações que fazia com o que pintava e sobre onde pintava, mudaram. Assim, veio-me a ideia de obra viva, de obra criadora e de ser humano, apenas como agente de transmissão, como um canal entre a superficie e o "eu" que cria a verdadeira, arte.


E assim, vivendo e humildademente aprendendo, surgiu este trabalho.


SUPERFLUOS E SUPORTES.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

VINILS


A MUSICA É UMA DAS FONTES DE JUVENTUDE DA VIDA. NELA NÃO EXISTEM IDADES, DIFERENÇAS, E CRENÇAS... NA MUSICA SOMENTE IMPERA A CONECÇÃO ENTRE AQUELES QUE A SENTEM.

O DIDGERIDU, UM INSTRUMENTO DE SOPRO ABORIGINE AUSTRALIANO, PRODUZ UMA INFINIDADE DE SONS, SENDO QUE ESTES ESTÃO RELACIONADOS TAMBÉM COM A CAIXA CRANIANA DAQUELES QUE OS MANIPULAM. ATRAVÉS DESTE INSTRUMENTO, EXPERIMENTEI ESTADOS DE EXALTAÇÃO E DE CONSCIÊNCIA DIFERENTES, USANDO COMO TÉCNICA A RESPIRAÇÃO CIRCULAR.

UMA VEZ MERGULHADO DENTRO DESTES "ESTADOS" ABSORVO IMAGEM E SEMBLANTES QUE TRANSFIGURO PARA MINHAS OBRAS, CORRELACIONANDO-OS COM CORES E MUSICA.

ASSIM, AS OBRAS NÃO TEM SOMENTE COMO FOCO PRINCIPAL A ESTÉTICA VISUAL, ELAS EM GLOBAM A MUSICA COMO PARTE VIVA DO SEU CONCEITO DE CRIAÇÃO. MAIS AINDA, CREIO QUE ASSIM CONSIGO ALCANÇAR A EXPOSIÇÃO DE ALGO QUE ACREDITO SER O MAIS INTIMO QUE EU CONSIGO RELATAR.

COMO A MUSICA É TÃO IMPORTANTE QUANTO AS CORES NO MEU TRABALHO, NADA MAIS JUSTO QUE USA-LÁ COMO SUPORTE.

ESTÃO AI A PRIMEIRA SERIE DE VINILS...

A TRISTESA DO FAUNO


A TRISTEZA DO FAUNO, É A LAGRIMA DO CORAÇÃO COLORIDO.
A SUPLICA DE UM SER QUE QUER AMAR.
TODOS TEMOS UM FAUNO ENCANTADO DENTRO DE NÓS. ESTE QUE SONHA E IDEALIZA O IMPOSSIVEL, SEM SE PREOCUPAR COM A POSSIBILIDADE DE CONCRETIZAÇÃO DE SEUS DEVANEIOS PSCODELICOS.
ENTRANDO EM CONTATO COM MEUS SERES INTERNOS, E COM LUGARES INEXPLORADOS DE MEU (SUB)CONSCIENTE EM MAIS UMA LONGA SECÇÃO DE DIDGGERIDU, DESCOBRI DE ONDE BROTAVAM AS LAGRIMAS, DAQUELA TRISTEZA QUE ME DIGERIA. ASSIM, OLHANDO PARA A FONTE MULTICOLORIDA DE SENTIMENTOS, DESCOBRI, QUE ATE MESMO O SER MAIS MAGNIFICO QUANDO SE OBSERVA POR DENTRO, ENCONTRA SUAS RAZÕES PARA UMA LÁGRIMA.